Peeling Químico
PEELING QUÍMICO
O peeling químico consiste na aplicação de ácidos que removem as primeiras camadas da pele. Os peelings são classificados em superficiais, médios e profundos, de acordo com a espessura e quantidade de pele retirada.
Peeling superficial
Atinge apenas a primeira camada da pele, a epiderme, e é indicado principalmente para o tratamento da pele com envelhecimento leve (manchas superficiais, rugas finas e discretas), de manchas de sol (cloasma ou melasma) e de lesões pré-cancerosas superficiais.
Peeling médio
Trata a segunda camada da pele, a derme superficial, e é indicado para o tratamento da pele com envelhecimento moderado e avançado (manchas e rugas mais profundas proeminentes) e de lesões pré-cancerosas mais profundas.
Peeling profundo
Alcança também a segunda camada da pele, a derme, mas de forma mais profunda que o peeling médio. É indicado para o tratamento do envelhecimento bem mais avançado (rugas profundas, manchas e lesões pré-cancerosas).
Procedimento
O peeling químico deve ser realizado por um médico. Inicialmente faz-se a consulta com o dermatologista, que avaliará o tipo de pele, indicando o tipo correto de peeling, e explicará ao paciente quais são as intercorrências mais comuns, os riscos envolvidos e os benefícios esperados e como deve ser a preparação prévia da pele, que dura aproximadamente três meses.
O peeling é feito no consultório nos casos dos peelings superficial e médio. O paciente sente um ardor que pode ser aliviado com ventilador e compressas de água gelada.
A intensidade dos efeitos depende da profundidade do peeling. A sensação de ardor persiste geralmente apenas por alguns minutos e raramente dura uma hora. No dia do peeling ocorre edema (inchaço) e eritema (vermelhidão) da pele, efeitos esperados e considerados completamente normais.
A partir do segundo dia há escurecimento gradual da pele e início da formação de crostas que se desprendem em um período de sete a dez dias. De dez a quatorze dias após o procedimento, todas as crostas deverão ter se desprendido.
Resultados
O efeito inicial do peeling na pele se parece com uma queimadura de sol. O resultado após a queda total das crostas não é definitivo, pois ainda haverá desaparecimento gradual do eritema (vermelhidão) e formação gradativa de colágeno.
O resultado melhora sensivelmente a cada mês e varia muito de acordo com o tipo de pele e a profundidade do peeling. A pele fica mais clara e rejuvenescida, e apresenta melhora de textura pois rugas finas são minimizadas.
O paciente não deve esperar resultados excelentes após o primeiro peeling, pois a frustração pode impedir tratamentos posteriores com melhores resultados. Rugas e cicatrizes profundas não desaparecem.
Os peelings podem ser repetidos em intervalos variados conforme o tipo de pele, o grau de envelhecimento e os resultados obtidos em peelings anteriores. Após o procedimento, o dermatologista avaliará a necessidade da continuidade do tratamento com medicamentos, cremes para manchas e filtro solar para prevenir o envelhecimento da pele, manchas e lesões pré-cancerosas.
Cuidados
Apesar de seguro, o peeling químico não está isento de riscos. As complicações são raras e incluem a permanência do eritema por períodos prolongados, manchas mais escuras ou mais claras que podem durar meses e, muito raramente, cicatrizes.
Os pacientes de pele mais escura têm mais chance de manifestar complicações que os de pele clara. Essas intercorrências são, na maioria das vezes, transitórias e geralmente desaparecem com tratamentos específicos feitos pelo dermatologista.
Não poderão fazer peeling químico gestantes e pacientes que fizeram peeling cirúrgico recentemente ou que fizeram tratamento com isotretinoína (Roacutan) há menos de um ano. Portadores de herpes deverão seguir recomendações importantes que serão fornecidas pelo dermatologista antes do peeling.